A eletromiografia é um exame complementar de diagnóstico essencial na avaliação funcional dos vários componentes do sistema nervoso periférico cuja disfunção está na origem de sintomas como fraqueza, alterações da sensibilidade, dor e alguns tipos de movimentos involuntários.
Tem a potencialidade de identificar alterações da função do sistema nervoso periférico em diversas patologias mesmo na ausência de alteração estrutural nos exames de imagem (como a TAC e a ressonância magnética) e permite caracterizar melhor as alterações dos exames de imagem complementando-os no sentido de evitar falsos diagnósticos e obter um diagnóstico correto.
A eletromiografia inclui na sua base duas técnicas: o estudo de condução nervosa com elétrodos de superfície e o exame muscular com elétrodo-agulha, tendo como alvo de estudo os nervos e músculos selecionados de acordo com o contexto clínico. Cada exame poderá demorar entre 15 a 60 minutos, é facilmente tolerável, não exige nenhuma preparação especial, é bastante seguro e não tem contraindicações, devendo o médico ser advertido para a presença de pacemaker e para a utilização de anticoagulantes que poderão condicionar alguns procedimentos.
Na eletromiografia é fundamental um registo rigoroso dos sinais elétricos e a interpretação por um médico com diferenciação em neurofisiologia clínica e patologia neuromuscular (ciclo de estudos especiais de Neurofisiologia Clínica da Ordem dos Médicos).
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