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doenças crónicas
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Nos últimos 30 anos assistiu-se de forma generalizada a um grande aumento da incidência das doenças crónicas. Estas doenças podem, juntamente com outros fatores, vir a resultar numa efetiva diminuição da esperança média de vida das próximas gerações e já resultam numa significativa diminuição da qualidade de vida dos doentes, levando muitas das vezes a mortes prematuras,  em processos longos e dolorosos e a uma consequente sobrecarga cada vez maior dos sistemas de saúde.

 

O que são as doenças crónicas?

As doenças crónicas são patologias de progressão lenta e que se prolongam no tempo. Incluem as doenças cardiovasculares (o coração e os vasos sanguíneos), o cancro, as doenças pulmonares, diabetes, acidentes vasculares cerebrais (AVC’s), bem como doenças orais, distúrbios mentais e artrite.

 

As principais causas das doenças crónicas

As doenças crónicas não estão associadas a um único fator. Normalmente são consequência de um conjunto de fatores associados a comportamentos e estilos de vida pouco saudáveis, dos quais os principais:

– Tabagismo

– Alcoolismo

– Sedentarismo

– Stress

– Alimentação desequilibrada

Contudo, é possível apostar na prevenção ou no controlo destas patologias, de modo a diminuir o impacto que estas têm, ao evitar comportamentos prejudiciais à saúde.

 

As Doenças Cardiovasculares

As doenças cardiovasculares incidem sobre o coração e os vasos sanguíneos (artérias, veias e vasos capilares) e podem surgir em diversos tipos de patologias. As mais graves são as doenças das artérias coronárias e as doenças das artérias do cérebro.

Na origem destas patologias estão fatores de risco, alguns possíveis de evitar, outros não. Dentro dos fatores que são possíveis de evitar encontram-se o consumo de açúcar, o colesterol e/ou triglicéridos elevados, a pressão arterial elevada, o tabagismo, a obesidade, o alcoolismo e o sedentarismo.

A prevenção passa assim por evitar os fatores passiveis de serem controlados, referidos acima, e pela execução de análises clínicas para acompanhamento dos mesmos. Os fatores que não são possíveis de evitar são a idade, a genética e o género.

Os sintomas como tonturas ou alteração de memória podem ser um indicativo de doença cardiovascular, apesar de, muitas vezes, ser uma doença silenciosa, manifestando-se através da angina de peito, do enfarte do miocárdio ou de AVC.

Se apresenta alguns dos sintomas referidos, poderá marcar a sua consulta de cardiologia na CAL Clínica

 

Doenças reumáticas

Algumas das doenças reumáticas mais comuns são a lombalgia, a osteoporose, a artrose, a artrite reumatoide, entre outras.

Artrite reumatoide

É a doença reumática inflamatória mais comum e pode originar deformações articulares e perda de função ou mesmo incapacidade extrema se não for aplicado o tratamento adequado.

Surge normalmente de forma simétrica predominantemente nos punhos, mãos, tornozelos e pés, através de manifestações de inflamação, inchaço, vermelhidão e dor. Tem maior incidência no sexo feminino e durante a menopausa.

Osteoporose

Os sintomas da osteoporose variam de acordo com a área afetada, no entanto os principais sintomas que a identificam são: a dor ciática, tendinites, deformações e fraturas ósseas, artrites, rigidez, fadiga e dor e limitação dos movimentos.

Para evitar ou retardar o desenvolvimento da osteoporose é fundamental uma dieta equilibrada, praticar exercício físico, hidroterapia e fisioterapia.

Artrose

Também designada por osteoartrose, atinge sobretudo as articulações dos joelhos, mãos, pés, anca e coluna. É uma doença degenerativa que tem origem na cartilagem e provoca dor, deformação óssea, limitação de movimentos e incapacidade progressiva.

Alguns fatores de risco são:

  • Obesidade;
  • Idade superior a 50 anos;
  • Genética;
  • Desgaste articular;
  • Traumatismos repetidos.

O tratamento pode incluir a toma de anti-inflamatórios, analgésicos, fisioterapia, injeções intra-articulares de anti-inflamatórios ou de lubrificantes e a cirurgia com colocação de próteses que anulam a dor e devolvem a qualidade de vida perdida.

Adotar hábitos de vida saudável – perder peso, exercício moderado, repouso relativo, evitar esforços e traumatismos repetidos – é também aconselhável.

Lombalgia

Lidera a prevalência nacional a nível reumatológico, levando o maior número de pessoas a consultas, no entanto não é uma doença mas sim um sintoma.

Trata-se de uma dor muscular situada na zona lombar e que tem origens diversas:

  • Atitude postural incorreta;
  • Movimento brusco;
  • Esforço intenso;
  • Hérnia discal;
  • Artrose;
  • Doença inflamatória como a espondilite;

 

Doenças Psiquiátricas

Os transtornos psiquiátricos ou psicológicos incluem alterações intelectuais, comportamentais e/ou emocionais.

Durante a vida, é normal surgirem alterações nestes aspetos, contudo, quando estes causam angústia significativa e interferem no dia-a-dia do paciente, são consideradas transtornos de saúde mental ou doença mental, com base na avaliação da gravidade e duração dos sintomas.

Estas doenças podem ser prevenidas através de hábitos de vida saudáveis, como a prática de atividade física, meditação, relaxamento, uma alimentação equilibrada.

Os principais transtornos mentais são:

Ansiedade

A ansiedade é muito comum e carateriza-se por uma sensação de tensão, desconforto e medo, que costuma aparecer pela antecipação de um perigo. Mais comummente as formas nas quais se manifesta são a ansiedade generalizada, fobias e síndrome do pânico, que afetam a vida emocional e social do paciente. Os sintomas desta patologia incluem suores frios, tremores, palpitações, falta de ar, entre outros. Para tratar este distúrbio é recomendado fazer psicoterapia com um psicólogo, fazer exercício físico ou outra atividade como dança ou meditação pode também ajudar no alívio dos sintomas.

Depressão

A depressão define-se quando o individuo apresenta um estado de humor deprimido que se prolonga por mais de 2 semanas, com tristeza e perda de interesse ou prazer nas atividades. Os sintomas mais frequentes são a tristeza e a perde de interesse ou prazer nas atividades do dia-a-dia, mas também a insónia ou excesso de sono, apatia, irritabilidade, perda ou ganho de peso, falta de energia e dificuldade em se concentrar. É indicado que o paciente seja acompanhado com um psicólogo ou psiquiatra, que irá decidir o tratamento mais indicado para cada situação.

 Stress pós-traumático

Este distúrbio carateriza-se por uma ansiedade que surge depois de o paciente ter sido exposto a uma situação traumática (a perda de um ente querido ou ter vivenciado uma guerra, por exemplo), fazendo com que este reviva persistentemente o acontecimento (através de sonhos ou recordações), causando-lhe ansiedade intensa e sofrimento. O tratamento para este distúrbio é feito através da psicoterapia, na qual o psicólogo procura ajudar e libertar as memórias traumáticas. Em algumas situações podem ser indicados o uso de medicamentos de modo a aliviar os sintomas.

Transtorno Bipolar

Este distúrbio provoca oscilações de humor, que podem variar entre a depressão, com tristeza e apatia, e a mania, com um bom humor exacerbado e impulsivo.

Normalmente para este distúrbio é necessário recorrer à psiquiatria e à toma de medicamentos estabilizadores do humor.

Esquizofrenia

Este transtorno psicótico é caraterizado por distúrbios do pensamento, da linguagem, da perceção e afeta a atividade social e afetiva. É mais comum em adolescentes, podendo, contudo, surgir noutras idades. Os sintomas que despoleta são alterações comportamentais, delírios, alucinações, pensamento desorganizado, entre outras. Para esta doença mental é necessário que o paciente seja acompanhado por um psiquiatra, que irá prescrever os medicamentos adequados, bem como orientar a família para estes casos.

Existem diversas tipologias de transtornos mentais, como sejam os transtornos de personalidade, os transtornos psicóticos, os transtornos relacionados com o abuso de substâncias, os transtornos neurocognitivos, disfunções sexuais, entre outros, que necessitam de acompanhamento e tratamento adequado aconselhado pelo terapeuta. Se tiver a necessidade de ser acompanho por um profissional qualificado, poderá proceder à marcação de uma consulta de psicologia ou psiquiatria.

 

Diabetes

A Diabetes é uma das patologias crónicas mais comuns no mundo inteiro, sendo identificadas duas tipologias da doença:

– Diabetes Tipo 1, menos comum incide, essencialmente, em crianças e jovens, geralmente associado a doenças autoimunes, hereditariedade e/ou vírus;

– Diabetes Tipo 2, é a mais comum e é causada por um desequilíbrio no metabolismo da insulina. Ocorre geralmente devido a excesso de peso, sedentarismo, hipertensão, perímetro abdominal elevado, ter mais de 40 anos, hereditariedade ou histórico de Diabetes Gestacional;

Existem alguns sintomas associados a esta patologia, que variam segundo o seu tipo. No caso da Diabetes Tipo 1, os sintomas mais comuns são polidipsia (ter muita sede), polifagia (ter muita fome), poliúria (vontade frequente de urinar), a perda de muito peso em pouco tempo, a boca seca e a fadiga.

Na Diabetes Tipo 2 os pacientes podem ter infeções com frequência (micoses, infeções urinárias), boca seca e fadiga.

Apesar de incurável, esta doença pode ser controlada através do recurso a fármacos e à adoção de um estilo de vida saudável: fazer exercício físico regularmente, apostar numa dieta equilibrada, perder peso e fazer os tratamentos prescritos pelo médico.

 

Obesidade

A obesidade é uma doença crónica que está associada ao excesso de massa gorda.

Surge quando a quantidade de calorias ingeridas é superior à quantidade gasta, levando ao armazenamento de gordura no organismo.

A obesidade poderá estar relacionada com fatores genéticos, hormonais, comportamentais e/ou metabólicos e determina um maior risco do surgimento de muitas outras doenças.

O diagnóstico da obesidade é feito através da análise do Índice de Massa Corporal (IMC), que é um método de cálculo que resulta da divisão do peso pela altura, elevada ao quadrado. É considerado excesso de peso um IMC a partir de 25 e considerada obesidade quando superior a 30.

As principais causas da obesidade

– A ingestão excessiva de calorias, provenientes de alimentos processados e com níveis de açúcar elevados e alimentos com mistura de açúcar e gordura;

– O sedentarismo

– Fatores de suscetibilidade biológica, como a genética, a idade e a etnia,

– O consumo de fármacos antidepressivos

– Algumas doenças

De modo a combater e evitar esta patologia, deverá ser adotada uma dieta equilibrada e variada, não exagerando nas porções e diminuindo o intervalo de horas nas quais são ingeridos alimentos durante o dia.

Se sofre de obesidade deverá procurar o acompanhamento de um nutricionista a fim de adotar um regime alimentar adequado às suas necessidades.

Se após a leitura deste artigo sentir a necessidade de mais informações relativas a alguma das doenças crónicas abordadas poderá contactar-nos, das 9h30 às 18h30, para o telefone 296 629 643 ou para o telemóvel 915 346 242. A CAL Clínica dispõe de uma equipa de profissionais de diversas áreas de saúde que o ajudarão a elevar a sua qualidade de vida.

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